Como capturar sinergias em M&A


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A aquisição de um negócio é um investimento, e precisa ser tratado como tal. Em termos financeiros, se está adquirindo o fluxo de caixa.

Fusões e aquisições são operações complexas, geralmente difíceis de avaliar o retorno. Empresas com fluxo de caixa excedente, e ausência de bons projetos de investimento, ao invés de distribuir dividendos ou recomprar suas ações, podem usar o capital para adquirir participação em outras empresas. O interessante é que ao contrário do que pode ser o senso comum, este perfil de negócio costuma na realidade ser alvo preferencial de aquisições. Um dos motivos de aquisições com este perfil é o deslocamento do caixa excedente na empresa alvo para alocação em projetos mais rentáveis, disponíveis ao comprador ou investidor.

O fluxo de caixa reflete a eficiência da empresa, sua competitividade e dinâmica do mercado no qual está inserida, ou seja, é consequência de sua operação. Dentre os motivos mais sensatos para se justificar uma transação de fusões e aquisições está o ganho de eficiência, como resultado da combinação dos negócios, o que significa afirmar que as empresas geram mais valor juntas do que separadas. Chamamos a este fenômeno de ganho econômico, ou sinergia, a maneira pela qual se gera valor em M&A (Mergers and Acquisitions). A concretização da transação em si não gera valor, é preciso capturar as sinergias. E vale ainda mencionar, que neste contexto o custo da transação é o prêmio pago pela empresa alvo, ou seja, o valor pago a mais em relação ao seu valor enquanto empresa alvo sozinha.

A percepção dos líderes em relação aos riscos inerentes à transação determina sua decisão sobre adquirir ou não um negócio, portanto precisam desenvolver os critérios de investimento, limites de exposição e tolerância ao risco que serão considerados durante o processo de aquisição. Os principais riscos envolvidos em transações corporativas são: (i) Risco operacional: capacidade de gerir o negócio adquirido, (ii) Risco financeiro: habilidade de alavancar a transação e gerenciar os indicadores financeiros das empresas combinadas, (iii) Risco de sobre-preço: pagar mais do que o valor econômico pode trazer diversas implicações negativas.

Captar sinergias exige um planejamento detalhado que se inicia por determinar os critérios de avaliação de possíveis alvos, o que contribui significativamente para o sucesso na implementação do processo de aquisição, integração e captura das sinergias. O planejamento deve estipular o intervalo de tamanho e faixa de preço do alvo, a participação pretendida, taxa de crescimento e lucratividade do alvo, sua localização geográfica, perfil e características dos produtos e serviços, questões culturais, formas de pagamento e fontes de financiamento, métodos de identificação de candidatos, além de se estabelecer a equipe interna, contratação de assessores e orçamento do projeto.

A transação proporciona ganho econômico? Quais as sinergias possíveis? O ganho econômico é o valor adicional criado com a combinação dos negócios, são as competências complementares, as economias de escala oriundas da transação, o diferencial competitivo das empresas atuando em conjunto, a principal razão de uma transação corporativa. Como principais motivos para uma fusão ou aquisição podemos citar os canais de vendas e distribuição no mesmo mercado e/ou outros, expansão geográfica, estratégias de marketing, sinergias administrativas, tecnologia proprietária, capacidade de produção, competências em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e acesso à patentes e marcas que elevem as margens, otimização da estrutura de custos e redimensionamento do negócio, recursos e produtos complementares que elevem a composição da oferta e o cross-selling, a otimização da estrutura de capital, deduções de impostos e outros benefícios fiscais.

Integrar as operações é uma tarefa a parte, que precisa começar a ser desenhada antes mesmo da concretização do negócio. A integração pós-fusão (Post Merger Integration – PMI) exige conhecimento especializado, técnica e dedicação de todos os envolvidos, e implica em custos adicionais, incorridos desde o momento inicial do processo de M&A. O plano de aquisição ou fusão tem foco no curto prazo e expressa os objetivos e expectativas da gestão, indicando de que forma a transação está alinhada e consistente com a estratégia da empresa.

Os executivos empenham muito tempo e esforços em uma transação, desde a construção da tese de investimento e definição da estratégia, busca e avaliação de oportunidades e negociação, até o fechamento e integração das operações. Garantir a participação e suporte de um assessor de M&A qualificado e experiente, dedicado ao projeto, contribui na estruturação do deal e liderança do processo, facilitando as negociações e evitando inclusive atritos que possam influenciar na convivência das partes futuramente.

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