O mercado Brasileiro de Fusões e Aquisições está muito aquecido, assim como está acontecendo em diversos outros países. Na América Latina, o Brasil concentra em média 50% das transações na região.
No primeiro trimestre de 2021 as operações de M&A no Brasil tiveram um acréscimo de 50% em relação ao mesmo período de 2020, e volume 104% maior que a média do trimestre do período de 2015 a 2019.
Em 2020 houve um recorde de 1.038 transações no Brasil, e 2021 apresenta aceleração nos negócios e tendência de forte crescimento no volume de transações, com potencial de novo recorde.
Devido ao Covid-19, que gerou muitas incertezas, principalmente nos meses de março e abril 2020, a retomada do crescimento do número de transações ocorreu a partir de junho 2020, de forma regular e significativa. O volume de negócios do 2º trimestre 2021 revela um crescimento de 23,7% em relação ao trimestre anterior. O 1º semestre de 2021 totalizou 812 operações no Brasil, volume 98% maior que em 2020, e investimentos de R$ 353,0 bilhões (+229,8%), com predominância dos Investidores Estratégicos com aumento de 91% no volume e 291,3% nos investimentos em relação a 2020. investidores Financeiros registraram aumento de 111,0% no volume e 167,2% no montante.
Dentre os setores mais ativos em 2020 e 2021 destacam-se Tecnologia da Informação e Comunicação (TI), Instituições Financeiras e Hospitais e Laboratórios de Análises Clínicas. Historicamente, cerca de metade das transações no País são de até R$ 50 milhões de reais, sendo o setor de TI o mais ativo, respondendo por cerca de 50% das transações. A região Sudeste concentra em média 60% da atividade de M&A, e apenas 5% do volume de transações ocorre fora do país.
Investidores Nacionais, no acumulado do ano, foram responsáveis por um crescimento tanto no volume, de 113,8%, como no montante, de 249,5%, com 680 operações (+113,8%) em relação a2020, como 83,7% das operações. O investimento foi da ordem de R$ 277,6 bilhões, o equivalente a 78,6% do total, correspondendo a um crescimento de 249,5 % em relação ao mesmo período do ano anterior.
No primeiro semestre 2021 os Investidores Estrangeiros registraram 132 operações, crescimento de 43,5%, e R$ 75,5 bilhões de investimentos, um aumento de 173% sobre 2020, totalizando 16,3% do total de negócios no país. Os investidores estrangeiros mais ativos no País são geralmente dos Estados Unidos, seguidos pela França e Espanha, com participação importante do Reino Unido, Alemanha e Argentina.
Considerando o papel do país como um dos maiores produtores agrícolas mundiais, com uma importante agenda de privatizações em andamento, grande demanda por projetos de infraestrutura, cenário próspero de startup e inovação, e um câmbio favorável, o Brasil se destaca como um grande destino para o capital de investimento para a economia real no curto prazo.