Desigualdade, Pobreza e Desenvolvimento Econômico: O Brasil Precisa de um Novo Foco.
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Desigualdade, Pobreza e Desenvolvimento Econômico: O Brasil Precisa de um Novo Foco.
Daniel Rivera Alves
Sócio Fundador da Elit Capital
O Brasil enfrenta uma profunda desigualdade social, marcada pela concentração de capital nas mãos de poucos grupos.
A nossa realidade tem raízes históricas relevantes, inclusive abordadas por estudos premiados com o Nobel de Economia em 2023, de Daron Acemoglu e James A. Robinson, que exploram como instituições políticas e econômicas são a causa fundamental das diferenças de crescimento e riqueza, moldam o destino das nações e determinam sua prosperidade.
Ainda assim, persiste entre muitos brasileiros uma visão equivocada: a ideia de que o dinheiro é um “jogo de soma zero”, em que há uma quantidade finita de riqueza e, portanto, os menos favorecidos seriam pobres porque os ricos concentram o capital. Essa narrativa é uma falácia, frequentemente usada por grupos de interesse para manipular a opinião pública e desviar o foco dos verdadeiros problemas.
O Brasil tem um problema de pobreza, não um problema de riqueza concentrada. E pobreza não se resolve confiscando de quem tem mais para supostamente distribuir aos que têm menos. Essa abordagem simplista ignora os fundamentos do crescimento econômico sustentável, e não soluciona o problema.
Em uma economia de mercado, as pessoas são remuneradas conforme sua contribuição. O sistema capitalista, apesar de suas imperfeições, oferece um grau de mobilidade social incomparável: é possível melhorar de vida à medida que se investe em educação, capacitação e produtividade.
A solução está no desenvolvimento econômico, impulsionado pelo livre mercado e pelos investimentos da iniciativa privada. Isso exige a redução gradual e significativa da estrutura estatal, que custa caro, entrega pouco e aloca mal os recursos arrecadados. Com isso, é possível promover um alívio tributário progressivo, à medida que a população se educa, aprende uma profissão e passa a produzir, gerando renda e contribuindo para a sociedade.
Quando uma pessoa produz, ela enriquece ao agregar valor, sem empobrecer ninguém. O PIB cresce sem que seja necessário jogar um “Rouba Montes”. A acumulação de grandes volumes de capital não ocorre de forma instantânea, mas sim como resultado de um processo longo e contínuo de investimento, inovação e geração de valor.
Ao investir em sua formação ou na criação de um negócio, o indivíduo desenvolve produtos e serviços, gera empregos e atende às demandas do mercado. Isso alimenta um círculo virtuoso de novos investimentos e crescimento sustentável.
A pergunta “para que alguém precisa de bilhões de reais?” ignora o papel do capital na construção de soluções de grande escala para a sociedade. Pessoas não começam nesse patamar, é um processo de acumulação de capital que exige propósito, propriedade privada, pesquisa, inovação, capacitação de pessoas e impacto social crescente.
Sem estudo, desenvolvimento, trabalho e produção, o país não avança. Mas com liberdade econômica, educação e incentivo ao empreendedorismo, é possível construir uma sociedade mais próspera e justa para todos, sem deteriorar a situação de ninguém.
